"Mockingjay"
Editora Scholastic
390 páginas
"The Hunger Games" #3
[Texto Original]
- Sinopse -
Depois de sobreviver duas vezes à
crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não
precisaria mais lutar.
Mas as regras
do jogo mudaram - com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é
possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss
nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se
livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu
lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da
revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade.
ATENÇÃO!
Esta resenha pode conter spoilers imprevisíveis.
Favor ler a droga do livro.
- A Primeira Impressão -
Começo essa resenha taxando a trilogia "Jogos
Vorazes" como uma propaganda enganosa - é bem melhor do que qualquer um
possa imaginar. O primeiro livro serve, obviamente, apenas como base, uma
introdução ao palco e aos personagens. O segundo, como já falei, serve como
ponte.
Mas o que senti em relação a estes dois foi que eles
serviram, principalmente, para chamar público, em especial o teen. Porque podemos perceber
que a maturidade e a profundidade da escrita, dos acontecimentos narrados e dos
temas passados dão um salto BEM grande do segundo para o terceiro volume.
- O Desenrolar da Estória -
Por isso, entendo quem não tenha gostado do final da
série - eu mesmo passei bastante tempo em dúvida - pois com uma abordagem tão
diferente, o leitor (no caso, eu) estranha. E fica com a sensação de "o
que eu devo sentir a respeito?".
E vejo que a reação do público fica bastante mista, isso
só em ver se o livro favorito de tal leitor é "Em Chamas", que fica
voltado bem mais para o romance, ou "A Esperança", com os fundos
mais políticos e críticos. E excede bastante as expectativas (ou
desaponta).
Grande parte deste último é lenta e claustrofóbica, girando em torno do ódio em relação à Capital. É, sem dúvidas, o mais pesado e o mais rico.
Vejo sempre ao folhear os livros que cada palavra é muito bem escolhida, cada capítulo com um propósito, que leva à outra coisa, e à outra, e à outra.
Grande parte deste último é lenta e claustrofóbica, girando em torno do ódio em relação à Capital. É, sem dúvidas, o mais pesado e o mais rico.
Vejo sempre ao folhear os livros que cada palavra é muito bem escolhida, cada capítulo com um propósito, que leva à outra coisa, e à outra, e à outra.
- Pontos Negativos e Holofotes -
Demorei tanto tempo assim para postar a resenha porque
ainda estava indeciso. Desde o término das últimas linhas, a estória ainda
continuava cozinhando e se desenvolvendo cada vez mais na minha cabeça, sempre
achando novas saídas e conclusões: o que é fantástico. Acho bom apresentar
estórias mais "adultas" aos jovens, mas isso não é promessa de que
vão entender, e, se entenderem, não é preciso se vão (vamos) gostar. Posso
dizer que as intenções da autora foram atingidas, mesmo que não compreendidas e
aceitas.
- Conclusões de Fim de Série -
É um final ótimo para uma trilogia muito boa, mas
que pode não saciar por completo exatamente por ser tão inesperado.
Katniss, que sempre foi madura, mostra escolhas
plausíveis e estranhas ao mesmo tempo. E é bem mais confuso de se localizar
quando se está na cabeça e na pele desta anti-heroína do começo ao fim, vendo o
que ela vê e sendo manipulado por seus sentimentos. Os outros personagens,
ainda bem, continuam também fantásticos - e ainda melhores...
É muito bem pensado, muito bem transcrito. Tem seus
altos e baixos, mas ainda consegue transmitir uma mensagem muito forte e que fala bem alto. Vemos
como o mundo político é ambicioso e egoísta; e as revoluções se encaixam
muito bem, sinceramente, às manifestações populares - seja do Brasil ou de
qualquer outra sociedade: com objetivo limpo e sincero, coerência, ANDAR PARA
FRENTE, de fato. ( Coin/Snow,13/Capital, Minas de carvão do 12/Nut no Distrito 2, novos Jogos Vorazes...)
E, não importa o quanto melhore, nem o quanto um dia sejam
recompensados: guerra é uma merda, vermelha e preta. E deixa marca.
- O Trabalho da Editora -
Um beijo para o artista das capas dessa série, pelo
design ótimo, as ilustrações lindas e o simbolismo por trás delas - dá pra ver
que o tordo, nessa, está sorrindo? Ele não deveria sorrir tanto assim. As
edições em hardcover continuam
perfeitas de chorar, e se encaixam muito belamente umas com as outras na
estante, fazendo bastante destaque (merecido).
- Nota -
"Are you, are you
Coming to the tree?
Wear a necklace of rope, side by side with me.
Strange things did happen here
No stranger would it be
If we met up at midnight
in
the hanging
tree?"
Coming to the tree?
Wear a necklace of rope, side by side with me.
Strange things did happen here
No stranger would it be
If we met up at midnight
in
the hanging
tree?"
- Book trailer -
- Sobre a Autora -
Suzanne
Collins é escritora e roteirista de programas infantis, formada em escrita
dramática pela New York University. Fez vários roteiros para a Nickelodeon.
Entre 2003 e 2007, Suzanne escreveu os cinco livros da série de fantasia “The
Underland Chronicles”. Em 2008, lançou “The Hunger Games”, primeiro livro da
trilogia homônima. A inspiração veio quando ela assistia TV: mudando de canal,
viu um reality show que passava ao mesmo tempo em que outro canal transmitia
cenas da Guerra do Iraque. Suzanne inseriu essa junção num contexto de
mitologia grega e em suas noções de efeitos de guerra. "The Hunger
Games" está na lista de best-sellers do The New York Times há mais de
sessenta semanas e sua adaptação cinematográfica está em fase de pré-produção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário