Resenha: "The Wishing Spell"

"The Wishing Spell"

Chris Colfer

Editora Little, Brown

438 páginas

"The Land of Stories" #1

[Texto Original]

- Sinopse -

Os irmãos gêmeos Alex e Conner estão vivendo os piores dias de suas vidas. Para tentar alegrá-los, no aniversário de 12 anos, a avó os presenteia com o antigo livro de histórias que o pai costumava ler para eles, quando crianças, antes de dormir. E a magia volta a tomar conta da vida dos dois - de verdade! Assim como Alice chegou ao País das Maravilhas após cair num buraco do coelho, Alex e Conner são sugados pelo livro e vão parar dentro do mundo dos contos de fadas. Lá, descobrem o que aconteceu com os personagens após o "E foram felizes para sempre!". Cachinhos Dourados, por exemplo, é uma fugitiva, Chapeuzinho Vermelho tem seu próprio reino e Cinderela, agora rainha, está prestes a se tornar mãe. 

Mesmo em meio a tantas surpresas, os gêmeos não têm tempo a perder: precisam voltar para casa antes que o livro se feche e a mãe dê queixa do desaparecimento deles. Para que o Feitiço do Desejo se cumpra, Alex e Conner têm de desvendar as pistas deixadas em um diário. Eles só não podiam imaginar que mais alguém estava no rastro e faria de tudo para atravessar para o mundo real no lugar deles: a Rainha Diabólica.

- A Primeira Impressão -

Sem preconceitos comigo (nem com o livro), pfvr. Eu sei, "eles estragaram músicas antigas", e "justo esse aí?", eu sei, eu sei...

Mas tente. Eu sei que todo mundo curte livro infantil, e terão uma excelente surpresa.

- O Desenrolar da Estória -

Realmente não esperava me divertir tanto. A escrita do Kurt (ahn...) é simples e satisfatória, num estilo bem infantil mesmo. Mas só acho que, se este for realmente o público, os capítulos e as páginas deveriam ter menos volume. 

O que nos leva a outra coisa: o quanto a narrativa fica repetitiva. Isto é uma coisa que todo autor de aventura fantástica deve ter cuidado na hora de escrever livros estilo quest. Enjoa. E tudo é tão fácil de se conseguir que até ele parece ter se cansado.

Mas como existem conflitos entrelaçados no livro, viu... E que conflitos são esses! Tão novos, tão pés-no-chão, que acho que até confio nele como autor. Não é qualquer porcaria, não, vejam. Mas aliviam a cabeça como poucos tipos de entretenimento por aí. 

- Pontos Negativos e Holofotes -

Eu não conseguia largar, não via o tempo passar. Já começo elogiando Conner. Colfer, só em pensar que um personagem tão bom é fictício, começo a te achar um gênio. 

Além da parte óbvia e cansativa, aponto que sua própria mitologia é tão desenvolvida e apresentada quanto a original. Que, aliás, não foi destruída, de jeito nenhum! Mas só adaptada e incrementada de forma que se encaixe na premissa (e, admito, achei até criativo, bonitinho).

Estou até com bastante vontade de procurar os contos originais, e não me contentar apenas com os filmes da Disney.

- O Trabalho da Editora -

A edição que eu li é a coisa mais perfeita do universo. Lembra até a do 1º Harry Potter, com crianças caindo e um castelo ao fundo da capa, um arco na parte detrás, hardcover com duas cores, ilustrações no início de cada capítulo, so on, so on...

Não que isso seja ruim, claro. Inclusive, achei até legal a editora brasileira seguir o mesmo exemplo. Lógico que um livro deve ser julgado pelas palavras, mas sinto prazer em gastar mais numa edição bem feita. Afinal, estou comprando o produto como um todo. E bom material sempre é bem-vindo.

- Nota -

Ótimo passa tempo ;)

  

- Sobre o Autor -

Christopher "Chris" Paul Colfer é um ator, cantor e escritor americano, conhecido por sua interpretação de Kurt Hummel na série Glee. Colfer foi eleito pela revista TIME como uma das 100 pessoas mais influentes de 2011, ficando em 62º lugar.