domingo, 9 de junho de 2013

Resenha: "A Wrinkle in Time"

"A Wrinkle in Time"

Madeleine L'Engle

232 páginas

Editora Square Fish

"Time Quintet" #1

[Texto Original]

- Sinopse -

“Era uma noite escura de tempestades.”
No meio de uma noite terrível, um estranho visitante caminha até a casa dos Murry e convida Meg, seu irmão Charles Wallace e seu amigo Calvin O’Keefe em uma perigosíssima e extraordinária aventura – uma esta que irá ameaçar suas vidas e a do nosso universo.

- A Primeira Impressão -

De vídeo-resenha em vídeo-resenha, fui parar em uma de “A Bússola de Ouro”. Nos recomendados, estava a primeira parte do filme. E, nos recomendados, estava uma resenha deste filme (o título: “Reviews of Shame”).
O cara falou tão bem deste livro que decidi apelar para o primeiro capítulo da Amazon. Eu estava mesmo com vontade de recuperar esse sentimento de imersão fantástica há muito esquecido, então corri atrás.
E senti esta experiência ainda mais especial e única quando vi que ninguém – ninguém – o conhecia.

- O Desenrolar da Estória -
Ele começa mal, com diálogos estranhos e acontecimentos sem sentido que estão para serem explicados mais para a frente (mas, como em todo livro infantil, deve ser dada a chance).  O livro tem uma escrita simples, e é uma delícia de ser lido.
Logo vemos que a mitologia e mundo criados são muito bem feitos, complexos e incrivelmente novos. E a autora consegue explicar o suficiente para que crianças entendam de forma mais superficial sem grandes perguntas. Porém não foram tão aproveitados de acordo com a estória.
Tive problemas, também, na hora de imaginar algumas passagens mais “viajadas”: primeiro pela falta de detalhes, e segundo pelo trauma das imgens horrendas do filme da Disney (falaremos sobre isso lá embaixo). Então, para compensar, foi só usar o mix de cenas desta capa lindíssima como cola.

- Pontos Negativos e Holofotes -
Não é um daqueles livros que, por ser infantil, deixa de ter qualidade ou aprofundamento maior. Trata a sua faixa etária como deveria, sem infantilizar demais ou ser muito complicado. Existem muitas críticas sociais bacanas, e você pode até aprender alguma coisa com as referências científicas distribuídas perfeitamente.
Quem lê bastante sabe que o final ou muda a experiência tida ao decorrer do livro (seja essa substituição boa ou ruim), ou só a complementa de alguma forma. No caso, piorou, com clichês ridículos e 100% previsíveis.
O que me deixa relutante para ler os próximos [quatro] outros da série; e me faz perguntar: por que diabos este livro ganhou a tão cobiçada Newbery Medal*? A ponto até de ser obrigatório em escolas de Ens. Fund. por todo o país?
Porque mostra às criancinhas como ser diferente não é um problema. Que, o único modo de salvar o dia foi com a protagonista sendo ela mesma, apesar de que todos lhe tenham dito o contrário. 
Além de por ser uma arma super subliminar anti-comunista, e achei muito baixo fazer isso com crianças, não importando qual dos polos é o correto.

- O Trabalho da Editora -
A editora Square Fish relançou essa edição super linda, com essa arte japonesa incrível  que segue o mesmo padrão para o resto da série. O discurso da autora de quando a John Newbery Medal foi ganha está incluso, assim como uma entrevista super legal com ela.
Existe uma tradução chamada Uma Dobra no Tempo feita pela Rocco. Preciso falar que, quando o livro sai de moda (o que nunca deve ter acontecido), também sai de estoque? E do preço? Todo mundo já sacou, certo?
E, como é um clássico infantil, está aqui mais uma recomendação confiável de vocabulário novo e requintado em inglês.

- Com Relação ao Filme -
Sim, o filme horrível é da Disney.
E que tremenda decepção, viu. É recente, mas a tecnologia usada é RIDÍCULA (não sei se dou risada ou choro). Os atores mirins são muito sem-expressão e entusiasmo. A estória não foi adaptada – e sim completamente entortada; nem os personagens são fiéis. Se estiverem com vontade de ler, vejam o filme e imaginem-no mil vezes melhor. Talvez assim compreendam o que estou falando.

- Nota -

Mesmo assim, eu recomendo bastante. Não recebeu esta nota por ser ruim, e sim por não ser espetacular (mas eu, de qualquer jeito, também considero um clássico necessário).

"We do not travel. We tesser. You might say, wwrinkle."

 
 

  - Book trailer -

- Sobre a Autora -

Madeleine L'Engle foi uma escritora norte-americana mais conhecida por seus livros de ficcção infantil, especialmente com a vencedora da Medalha Newbery A Wrinkle in Time e suas sequencias. Suas obras refletem tanto a sua fé cristã e seu forte interesse na ciência moderna.

*prêmio anual pela “mais distinta contribuição para literatura infantil Estadunidense”

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