sábado, 20 de abril de 2013

Resenha: "The Perks of Being a Wallflower"

"The Perks of Being a Wallflower"

Stephen Chbosky

Editora Simon and Schuester UK

231 páginas

#Livro Independente

[Texto Original]


- Sinopse -
Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e aquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.

- A Primeira Impressão -

Sim, leitores. Não adianta tentar fugir da realidade.
Preferimos ler sobre aventuras e ficar na nossa zona de conforto ao invés de vivê-las. Talvez não tão pesados como o Charlie, mas somos wallflowers.
E acho que tá mais do que na hora de ver como a vida é na perspectiva da pista de dança.

- O Desenrolar da Estória -
Também achei incrível a construção da estória: não só pela fluência da escrita, que parece estar sendo contada verbalmente ao invés de lida (como até já desculpado pelo narrador), mas como a quantidade de detalhes e características vão crescendo e ficando mais consistentes assim como o personagem, aumentando ainda mais o realismo.
As cartas são tão randômicas, detalhadas e viciantes que, se não fossem pelas divisões das partes, eu com certeza perderia muito mais tempo seguido lendo.

- Pontos Negativos e Holofotes -

Acho que a única coisa possível de incomodar foi o fato de todos chorarem o tempo todo, tirando até algumas vezes o realismo (as lágrimas que eu mesmo poderia ter tido) e deixando tudo meio forçado.
Os personagens são todos muito distintos e engraçados de algum jeito. É possível até sentir saudades quando um não está presente no grupo.
É fácil se afeiçoar ao Charlie quando os questionamentos feitos 
(mesmo que ingênuos demais) já passaram na cabeça de quase todo mundo da idade.
Sem muito esforço, esse livro corresponde a muitos de meus pensamentos e se torna um dos meus preferidos de todos os tempos.
E são tantas frases incríveis que parece ser intencional do Stephen Chbosky fazer de todas e cada uma delas uma citação (e tenho que tomar cuidado para não fazer um carnaval colorido de Post-It’s. Quem estou enganando? Eu fiz, sim).

- O Trabalho da Editora -
Sinto muito, você que comprou a versão brasileira com capa do filme: eu tenho a edição mais linda do mundo, e mesmo sendo em paperback dá de dez a zero até na original.
A diagramação do livro em si dá a impressão mesmo de uma máquina de escrever, ao contrário da capa (que é, não sei se já disse, a mais bonita do mundo). São tão poucos erros que alguns são até passados levemente despercebidos.
Só tome cuidado se for ler em português: pelo que andei refletindo, já nem o título é uma tradução leal. Quem leu o livro sabe que não existe nenhuma vantagem em ser um wallflower (que não, editora Rocco, corresponde a invisível).

- Com Relação ao Filme -
Seria difícil adaptar um livro de cartas tão “distribuído” como este... mas, por sorte, o autor foi não só produtor, mas também diretor e roteirista do filme. Cool, huh?
Depois de todos estes anos desde a primeira tiragem, parece que ele teve vontade de explorar e acrescentar mais algo que antes não teve muita atenção, era impossível no formato ou simplesmente não caberia.
E é macabro como a cara de retardado do Logan Lerman (ok, me matem) bate tão perfeitamente com a do Charlie na minha cabeça.

- Nota -
   
    

- Sobre o Autor -


Stephen Chbosky cresceu em Pittsburgh, Pensilvânia, e fez o curso de graduação em roteiro na University of Southern California. Seu primeiro filme, The four corners of nowhere, estreou em 1995, no Sundance Film Festival e depois ganhou menção honrosa de melhor filme no Chicago Underground Film Festival. Atualmente vive em Nova York, onde seu trabalho como roteirista a cada dia torna-se mais sólido. As vantagens de ser invisível é seu primeiro romance.

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