"Animal Farm"
George Orwell
Cia. das Letras
112 páginas
#Livro Independente
[Heitor Aquino Ferreira]
- Sinopse -
Cansados da
exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Granja do Solar
rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de
instruir um sistema cooperativo e igualitário, sob o slogan “Quatro pernas bom,
duas pernas ruim”.Mas não demora muito
para que alguns bichos - em particular os mais inteligentes, os porcos - voltem
a usufruir de privilégios reinstituindo aos poucos um regime de opressão, agora
inspirado no lema “Todos os bichos são iguais, mas alguns são mais iguais que
outros”. A história da insurreição libertária dos animais é reescrita de modo a
justificar a nova tirania, e os dissidentes desaparecem ou são silenciados à
força.Instrumentalizada na
época da Guerra Fria como arma anticomunista, A revolução dos bichos transcende os marcos históricos da ditadura
stalinista que a inspirou e resplandece hoje, passados mais de sessenta anos de
seu surgimento, como uma das mais extraordinárias fábulas sobre o poder que a
literatura já produziu.
- A Primeira Impressão -
George Orwell é sensacional. Tive receio de não conseguir entender o que queria dizer com suas obras, mas este livro foi tudo. Mesmo bobo à primeira vista, vai deixar seu queixo caído por um bom tempo - uma p*ta distopia do mestre das distopias.
Cansados da exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Granja do Solar rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de instruir um sistema cooperativo e igualitário, sob o slogan “Quatro pernas bom, duas pernas ruim”.Mas não demora muito para que alguns bichos - em particular os mais inteligentes, os porcos - voltem a usufruir de privilégios reinstituindo aos poucos um regime de opressão, agora inspirado no lema “Todos os bichos são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. A história da insurreição libertária dos animais é reescrita de modo a justificar a nova tirania, e os dissidentes desaparecem ou são silenciados à força.Instrumentalizada na época da Guerra Fria como arma anticomunista, A revolução dos bichos transcende os marcos históricos da ditadura stalinista que a inspirou e resplandece hoje, passados mais de sessenta anos de seu surgimento, como uma das mais extraordinárias fábulas sobre o poder que a literatura já produziu.
- O Desenrolar da Estória -
Não precisa ter
medo. O livro é fino e até parece ter sido escrito para crianças - ou para
burros. Os personagens são tímidos e até engraçados, dando
uma fluidez bem gostosa pra estória. E, a partir do momento em que a
revolução mostra suas consequências e os princípios da sociedade utópica que
pretendiam criar vão se destruindo, eu fui também sentindo um pesar enorme no
coração e roí as unhas de dó dos animais que, a princípio (como diz no subtítulo original) queriam sua vida como uma fábula.
- Pontos Negativos e Holofotes -
O que mais gostei foi do jeito que Eric tratou os animais como seria de
imaginado se conseguissem pensar: os porcos espertos e cheios de artimanhas, os
cavalos apenas fortes e burros, as ovelhas... como ovelhas, o burro como o
grande filósofo (vê se pode), os pássaros como mensageiros e o corvo como uma figura
religiosa (sdds Poe); e isso só pode te irritar se lembrar que estes animais representam,
na verdade, muitas sociedades com líderes persuasivos e cidadãos de cérebros
lavados. Simples, porém eficiente, esse livro foi (e ainda é) um grande estopim para os tapas na cara e abertas de olho.
- O Trabalho da Editora -
A tradução ficou muito
muito boa, e a diagramação da capa e das páginas é simplesmente linda. Os
apêndices que a editora trouxe também são muito legais pelos pontos de vista
diferentes que se pode adquirir, e é muito interessante ver a trajetória do
autor para publicar e divulgar seu livro super polêmico em meio à censura.
- Com Relação ao Filme -
Devido à tecnologia da
época (1999), é claro que as habilidades de dublagem e efeitos especiais não
eram muito grandes, então fica meio chato ter que falar mal de um filme que tem,
ao seu 90%, protagonistas que são animais. Assisti apenas metade (não tive
coragem de continuar xD ) e posso dizer que nela a adaptação ficou boa, até
meio cômica se for relevar o sistema de dinossauro que, infelizmente, era o
único disponível.
- Nota -
"Todos os bichos serão iguais"
- Sobre o Autor -
George Orwell (pseudônimo de Eric Arthur Blair) nasceu em 1903, na Índia
e estudou em colégios tradicionais da Inglaterra. Jornalista, crítico e
romancista, é um dos mais influentes escritores do século XX. Dele a Companhia
das Letras publicou Dentro da baleia e
outros ensaios, Na pior em Paris e Londres, A flor da Inglaterra, Dias da
Birmânia, 1984, O caminho para Wigan Pier e Como morrem os pobres e outros ensaios. Morreu de tuberculose em
1950.
Não precisa ter medo. O livro é fino e até parece ter sido escrito para crianças - ou para burros. Os personagens são tímidos e até engraçados, dando uma fluidez bem gostosa pra estória. E, a partir do momento em que a revolução mostra suas consequências e os princípios da sociedade utópica que pretendiam criar vão se destruindo, eu fui também sentindo um pesar enorme no coração e roí as unhas de dó dos animais que, a princípio (como diz no subtítulo original) queriam sua vida como uma fábula.
"Todos os bichos serão iguais"
George Orwell (pseudônimo de Eric Arthur Blair) nasceu em 1903, na Índia
e estudou em colégios tradicionais da Inglaterra. Jornalista, crítico e
romancista, é um dos mais influentes escritores do século XX. Dele a Companhia
das Letras publicou Dentro da baleia e
outros ensaios, Na pior em Paris e Londres, A flor da Inglaterra, Dias da
Birmânia, 1984, O caminho para Wigan Pier e Como morrem os pobres e outros ensaios. Morreu de tuberculose em
1950.
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