segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Resenha: "Frankenstein"

"Frankenstein"

Mary Shelley

Editora Collector's Library

269 páginas

#Livro Independente

[Texto Original]


- Sinopse -
Navegando em direção ao Polo Norte, o Capitão Walton recolhe um náufrago, Victor Frankenstein, que lhe conta sua história. Estudante de Ciências Naturais e obcecado por descobrir o segredo da vida, ele consegue criar um ser com características humanas. Porém, horrorizado com o aspecto do monstro, foge, abandonando-o. Mais tarde, o monstro reaparece inconformado com o terror e o asco que causava nas pessoas.
- A Primeira Impressão -
Jogue fora todas aquelas paródias e adaptações com aquele monstrengo verde. Elas não conseguem mostrar nem de longe a fragilidade de um assassino, e muito menos mostrar quem de verdade é o vilão da estória - e por quê.

- O Desenrolar da Estória -
Não sei se posso dizer muito sobre a escrita da autora. Li a edição original (tipo, original mesmo), e como o livro foi publicado primeiramente em 1818, é evidente que o inglês está muito requintado; e tenho que dizer que essa foi uma das coisas que mais me atrasaram na leitura (isso e um certo sir chamado Victor, que acontece ser o personagem principal). Tenho até medo de reler e acabar não gostando mais tanto assim quanto agora, por conta dessa irregularidade da narrativa. Mas digo que as coisas começaram a melhorar quando a criatura aparece e mostra a sua história ingênua e emocionante. 

- Pontos Negativos e Holofotes -
O que mais tenho para reclamar é do pior narrador-personagem de todos os tempos: Victor Frankenstein. As reclamações sem fim podem ter inspirado muitos a tirar a conclusão de que o monstro é realmente o monstro, e que ele não passa de um mero coitado. Seus diálogos e descrições chatas me fizeram querer abandonar a leitura por um bom tempo, até que a criatura aparece, mudando o foco narrativo, e Mary prova que sabe escrever; com ótimas lições de instinto, individualidade, aparências, inocência e redenção, que servem para qualquer um. Este livro chegou para mim na hora certa da vida, e me confortou; apaziguou as tormentas que abalavam minha cabeça. De outra forma, não sei se teria gostado tanto.

- O Trabalho da Editora -
Mesmo sendo pocket, esta edição continua sendo um luxo. Uma jacket com uma linda ilustração por cima da hardcover de tecido vermelho, que é padrão de todos os livros desta coleção de clássicos, combinadas com um laço marca-páginas e borda dourada das páginas chama muito a atenção do leitor. O prefácio e o posfácio são muito interessantes, e juro que gostaria de saber dizer quem os escreveu, pois não consta nas informações das primeiras páginas. 

- Nota -
Nada a mais do que ele merece (a nota, não a imitação de zumbi) ;)


- Sobre a Autora -

Mary Wollstonecraft Shelley, mais conhecida por Mary Shelley, foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da pedagoga e escritora Mary Wollstonecraft. Casou-se com o poeta Percy Bysshe Shelley em 1816, depois do suicídio de sua primeira esposa.

Mary Shelley foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens, mais conhecida por sua novela gótica Frankenstein: ou O Moderno Prometeu (1818). Ela também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley.

Um comentário:

  1. Muito legal seu blog e eu gostei da sua resenha, parabéns!
    Conheça o meu: http://mondarikc.blogspot.com.br/

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