"The Hunger Games"
Ambientado num futuro
sombrio, Jogos vorazes é pioneiro de uma tendência que vem
ganhando força no mercado de best sellers juvenis: a dos romances distópicos e
pós-apocalípticos. Primeiro volume de uma trilogia, o livro narra uma luta
mortal encenada por crianças e transmitida ao vivo para todos os habitantes de
uma nação construída sobre as ruínas de um lugar anteriormente conhecido como
América do Norte. Com sua narrativa ágil e ousada, Jogos vorazes foi traduzido para mais de 30 idiomas
e vem atraindo leitores de diversas faixas etárias.
Constituída por uma suntuosa
Capital cercada de 12 distritos periféricos, a nação de Panem se ergueu após a
destruição dos Estados Unidos. Como represália por um levante contra a capital,
a cada ano os distritos são forçados a enviar um menino e uma menina entre 12 e
18 anos para participar dos Jogos Vorazes. As regras são simples: os 24
tributos, como são chamados os jovens, são levados a uma gigantesca arena e
devem lutar entre si até só restar um sobrevivente. O vitorioso, além da glória,
leva grandes vantagens para o seu distrito.
Quando Katniss Everdeen, de
16 anos, decide participar dos Jogos Vorazes para poupar a irmã mais nova,
causando uma grande comoção no país, ela sabe que essa pode ser sua sentença de
morte. Mas a jovem usa toda a sua habilidade de caça e sobrevivência ao ar
livre para se manter viva. As reviravoltas do jogo e as dificuldades
enfrentadas pela protagonista levam os leitores a sofrer junto com ela,
enquanto descobrem um pouco sobre seu passado e seu relacionamento com Peeta
Mellark, o outro tributo enviado pelo Distrito 12 para lutar nos Jogos Vorazes.
- A Primeira Impressão -
Ao
ver uma resenha com uma breve sinopse sobre o livro, achei que era um pouco
tosco. Mas logo depois que os trailers do filme começaram a ser lançados,
percebi que a história era realmente muito boa e aclamada. Resolvi ler no
começo deste ano, alguns meses antes do filme ser lançado. Foi o livro mais
rápido que eu li, e tenho que dizer que alguns de meus atos mudaram desde
então.
- O Desenrolar da Estória -
Com
um ritmo próprio, o livro te prende completamente. Alguns reclamaram um pouco do tédio da primeira parte, mas eu achei necessário
para aquele toque de suspense e traumatismo funcionar quando as coisas começassem a
realmente “pegar fogo”. Cada acontecimento e morte no livro é super planejado e
necessário, tirando o fôlego de quem estiver mesmo interessado na história (o
que, baseado na quantidade de críticas positivas, é provável que aconteça).
- Pontos Negativos e Holofotes -
O
romance (oh, Deus, romance) não enjoou tanto assim; só achei um pouco meloso
demais, e mesmo sendo essa a intenção, não foi uma coisa legal de se ler. O
começo, como já falei, só pode ser tedioso para quem quiser. O universo de Panem
foi um desapontamento para mim depois que descobri sobre “Battle Royale”, que
tem quase a mesma premissa, mas diferente dos outros dois livros. De qualquer jeito,
meu amor pela série abaixou bastante depois de ver o tal original.
Mas o que salva é a abordagem diferente e nova do mesmo tema, mesmo que batido. Pois não é só sobre violência: é sobre pobreza, e manipulação. Situações extremas que chegam até lá no fundo e mexem com a estabilidade de quem estiver lendo.
Mas o que salva é a abordagem diferente e nova do mesmo tema, mesmo que batido. Pois não é só sobre violência: é sobre pobreza, e manipulação. Situações extremas que chegam até lá no fundo e mexem com a estabilidade de quem estiver lendo.
- O Trabalho da Editora -
Tenho
que confessar um pecado: baixei o livro na internet e li. Eu sei, eu sei. Nunca
gostei de fazer coisas assim, mas adorei o box da edição dos 3
livros em capa-dura e em inglês, que demoraria bastante para chegar. Então, para compensar,
comprei-o. Sobre a tradução, gostei de algumas coisas que folheei, outras não.
A junção dos mockingbirds com os mockingjays deu um nome bonitinho, e “Jogos
Vorazes” ficou muito mais legal que “Hunger Games”. O que não ficou bom foi a
tradução do texto em si, que teve algumas falhas nas páginas que li.
Mesmo assim, a capa está linda (com o tordo até mais brilhante e vivo do que do
original), e a diagramação ainda mais.
- Com Relação ao Filme -
Antes
de mais nada: eu sei o que significa "adaptação". Em algumas coisas, o filme foi
bastante fiel, mas não perfeito. As cenas de violência foram mal feitas, infantis e simples demais. A
câmera se mexia tanto que dava agonia. A impressão que Katniss passa é que “foi
tudo pelos jogos”, quando na verdade no livro há uma cena no aerobarco que
expressa completamente o contrário. É claro que isso é apenas um filme, mas não
fez jus ao alvoroço que a Lionsgate fez desde o ano passado. Aquela velha
história: o livro é melhor que o filme sem dúvida nenhuma.
- Nota -
"You never forget the face of the person who was your last hope."
- Book Trailer -
- Sobre a Autora -
Suzanne
Collins é escritora e roteirista de programas infantis, formada em escrita
dramática pela New York University. Fez vários roteiros para a Nickelodeon.
Entre 2003 e 2007, Suzanne escreveu os cinco livros da série de fantasia “The
Underland Chronicles”. Em 2008, lançou “The Hunger Games”, primeiro livro da
trilogia homônima. A inspiração veio quando ela assistia TV: mudando de canal,
viu um reality show que passava ao mesmo tempo em que outro canal transmitia
cenas da Guerra do Iraque. Suzanne inseriu essa junção num contexto de
mitologia grega e em suas noções de efeitos de guerra. "The Hunger
Games" está na lista de best-sellers do The New York Times há mais de
sessenta semanas e sua adaptação cinematográfica está em fase de pré-produção.
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