quinta-feira, 24 de maio de 2012

Resenha: "Jogos Vorazes"

"The Hunger Games"


Suzanne Collins
Editora Rocco
397 páginas
"Jogos Vorazes" #1
[Alexandre D'Elia]

- Sinopse -


Ambientado num futuro sombrio, Jogos vorazes é pioneiro de uma tendência que vem ganhando força no mercado de best sellers juvenis: a dos romances distópicos e pós-apocalípticos. Primeiro volume de uma trilogia, o livro narra uma luta mortal encenada por crianças e transmitida ao vivo para todos os habitantes de uma nação construída sobre as ruínas de um lugar anteriormente conhecido como América do Norte. Com sua narrativa ágil e ousada, Jogos vorazes foi traduzido para mais de 30 idiomas e vem atraindo leitores de diversas faixas etárias.
Constituída por uma suntuosa Capital cercada de 12 distritos periféricos, a nação de Panem se ergueu após a destruição dos Estados Unidos. Como represália por um levante contra a capital, a cada ano os distritos são forçados a enviar um menino e uma menina entre 12 e 18 anos para participar dos Jogos Vorazes. As regras são simples: os 24 tributos, como são chamados os jovens, são levados a uma gigantesca arena e devem lutar entre si até só restar um sobrevivente. O vitorioso, além da glória, leva grandes vantagens para o seu distrito. 
Quando Katniss Everdeen, de 16 anos, decide participar dos Jogos Vorazes para poupar a irmã mais nova, causando uma grande comoção no país, ela sabe que essa pode ser sua sentença de morte. Mas a jovem usa toda a sua habilidade de caça e sobrevivência ao ar livre para se manter viva. As reviravoltas do jogo e as dificuldades enfrentadas pela protagonista levam os leitores a sofrer junto com ela, enquanto descobrem um pouco sobre seu passado e seu relacionamento com Peeta Mellark, o outro tributo enviado pelo Distrito 12 para lutar nos Jogos Vorazes.

- A Primeira Impressão -

Ao ver uma resenha com uma breve sinopse sobre o livro, achei que era um pouco tosco. Mas logo depois que os trailers do filme começaram a ser lançados, percebi que a história era realmente muito boa e aclamada. Resolvi ler no começo deste ano, alguns meses antes do filme ser lançado. Foi o livro mais rápido que eu li, e tenho que dizer que alguns de meus atos mudaram desde então.

- O Desenrolar da Estória -

Com um ritmo próprio, o livro te prende completamente. Alguns reclamaram um pouco  do tédio da primeira parte, mas eu achei necessário para aquele toque de suspense e traumatismo funcionar quando as coisas começassem a realmente “pegar fogo”. Cada acontecimento e morte no livro é super planejado e necessário, tirando o fôlego de quem estiver mesmo interessado na história (o que, baseado na quantidade de críticas positivas, é provável que aconteça).

- Pontos Negativos e Holofotes -

O romance (oh, Deus, romance) não enjoou tanto assim; só achei um pouco meloso demais, e mesmo sendo essa a intenção, não foi uma coisa legal de se ler. O começo, como já falei, só pode ser tedioso para quem quiser. O universo de Panem foi um desapontamento para mim depois que descobri sobre “Battle Royale”, que tem quase a mesma premissa, mas diferente dos outros dois livros. De qualquer jeito, meu amor pela série abaixou bastante depois de ver o tal original.
Mas o que salva é a abordagem diferente e nova do mesmo tema, mesmo que batido. Pois não é só sobre violência: é sobre pobreza, e manipulação. Situações extremas que chegam até lá no fundo e mexem com a estabilidade de quem estiver lendo.

- O Trabalho da Editora -

Tenho que confessar um pecado: baixei o livro na internet e li. Eu sei, eu sei. Nunca gostei de fazer coisas assim, mas adorei o box da edição dos 3 livros em capa-dura e em inglês, que demoraria bastante para chegar. Então, para compensar, comprei-o. Sobre a tradução, gostei de algumas coisas que folheei, outras não. A junção dos mockingbirds com os mockingjays deu um nome bonitinho, e “Jogos Vorazes” ficou muito mais legal que “Hunger Games”. O que não ficou bom foi a tradução do texto em si, que teve algumas falhas nas páginas que li. Mesmo assim, a capa está linda (com o tordo até mais brilhante e vivo do que do original), e a diagramação ainda mais.

- Com Relação ao Filme -

Antes de mais nada: eu sei o que significa "adaptação". Em algumas coisas, o filme foi bastante fiel, mas não perfeito. As cenas de violência foram mal feitas, infantis e simples demais. A câmera se mexia tanto que dava agonia. A impressão que Katniss passa é que “foi tudo pelos jogos”, quando na verdade no livro há uma cena no aerobarco que expressa completamente o contrário. É claro que isso é apenas um filme, mas não fez  jus ao alvoroço que a Lionsgate fez desde o ano passado. Aquela velha história: o livro é melhor que o filme sem dúvida nenhuma.

- Nota -

"You never forget the face of the person who was your last hope."


- Book Trailer -



- Sobre a Autora -

Suzanne Collins é escritora e roteirista de programas infantis, formada em escrita dramática pela New York University. Fez vários roteiros para a Nickelodeon. Entre 2003 e 2007, Suzanne escreveu os cinco livros da série de fantasia “The Underland Chronicles”. Em 2008, lançou “The Hunger Games”, primeiro livro da trilogia homônima. A inspiração veio quando ela assistia TV: mudando de canal, viu um reality show que passava ao mesmo tempo em que outro canal transmitia cenas da Guerra do Iraque. Suzanne inseriu essa junção num contexto de mitologia grega e em suas noções de efeitos de guerra. "The Hunger Games" está na lista de best-sellers do The New York Times há mais de sessenta semanas e sua adaptação cinematográfica está em fase de pré-produção.

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