sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Resenha: "Ponte para Terabítia"

"Bridge to Terabithia"


Katherine Paterson

Editora Salamandra

160 páginas

Livro Independente

[Ana Maria Machado]

- Sinopse -
Jess Aarons tem 10 anos, acaba de ingressar na 5ª série e o que mais deseja na vida é ser campeão de corrida da escola. Bem agora, quando tem todas as chances de ganhar, tinha de aparecer Leslie Burke, uma novata na vila -- e, ainda por cima, menina! -- para desafiá-lo e, pior que isso, ganhar dele? Mas Jess não sabe que Leslie vai lhe propor desafios muito maiores que ganhar ou perder uma corrida. Pouco a pouco, ele vai se afeiçoando a essa menina, tão diferente das outras de sua comunidade rural. Até que, juntos, os dois criaram um reino mágico e solene, chamado Terabítia, onde governam soberanos, protegidos das ameaças e zombarias da vida cotidiana. Neste livro, Katherine Paterson narra uma história de intensa amizade e coragem, que vai cativar o jovem leitor.  

- A Primeira Impressão -
O filme foi bastante comovente, e quando encontrei o livro eu simplesmente pirei, e fiquei bastante animado para ler. Mas o livro não é tão diferente do filme (não que isso tenha sido uma coisa desanimadora, pois tudo acontece em seu tempo, e a dramatização do final continuou).

- O Desenrolar da Estória -
A história toda é linda, abordando algumas questões que eu mesmo já vivi.  A presença da Igreja no livro não deixou um ar desconfortável, mas sim uma oportunidade para refletirmos. Não preciso comentar que Leslie é a garota perfeita; meiga, gentil, inteligente e inspirada como a nossa amada Luna Lovegood (parece Jo e Katherine acertaram a fórmula da doçura). O final também é muito bonito, mas acho que é um tanto pesado, se comparado ao resto do estilo inocente da narrativa.

- Pontos Negativos e Holofotes -
Curto e fácil, o livro é bastante gostoso de se ler. Tenho o tempo todo uma enorme vontade de re-ler para aprender em cada uma das vezes coisas novas. Não me lembro de nenhum ponto negativo. Paterson simplesmente escreve, e de um jeito que não dá para se cansar. Afinal, quem não queria criar um mundo mágico só para si?

- O Trabalho da Editora -
A Salamandra fez um bom trabalho, com um bom sumário e uma diagramação bem legal. A tradução da Ana Maria Machado ficou tão boa quanto a escrita de seus próprios livros. A capa é bem bonita, e as letras grandes são mais fáceis. No geral, um bom trabalho.

- Com Relação ao Filme -

O filme foi bastante fiel, inclusive ao estilo inspirado da família Burke. Jess faz suas tarefas sem reclamar, pois está acostumado, e Josh Hutcherson conseguiu transmitir isso perfeitamente. Brenda, Ellie e May Belle estão perfeitas, assim como Miss Edmunds. E ainda conseguiram me fazer amar Janice, e toda vez que assisto ao final do filme não consigo ficar sem os olhos transbordando.

- Nota -


 

 - Sobre a Autora -

O valor da obra da escritora Katherine Paterson tem sido amplamente celebrado no mundo todo. Ela é conhecida e respeitada por tratar com profundidade dramas relativos ao crescimento e à entrada na vida adulta. Uma das mais premiadas autoras norte-americanas, Katherine recebeu, em 1998, a medalha Hans Christian Andersen pelo conjunto de sua obra e acaba de ser escolhida para o Prêmio em Memória de Astrid Lindgren/2006, dado anualmente pelo governo sueco. 

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